quarta-feira, 26 de maio de 2010

Entrevista ao site da FPB

www.fpb.pt

«Só a vitória nos passa pela cabeça»
Rui Resende prepara ida da ADS à fase final de sub-18

O treinador da AD Sanjoanense perspectiva uma final muito equilibrada, mas nem por isso deixa de sonhar com a vitória. Lembra que todos os objectivos delineados para a presente temporada foram alcançados e que o título nacional está ao alcance da sua equipa


Quais os objectivos da sua equipa para esta fase final?

Ganhar! Não passa e não pode passar outro objectivo pela nossa mente. Sabemos que vamos encontrar dificuldades, mas estas serão idênticas para todas as equipas. Julgo que será uma final muito equilibrada, mas devido às características e mentalidade dos jogadores que oriento, só a vitória pode passar pela nossa cabeça. No entanto, só tendo a noção que podemos ficar em último, é que vamos valorizar ao máximo a conquista do 1º lugar.

Tendo em conta os objectivos delineados no arranque da temporada, já esperava poder chegar a esta altura da época a pensar na conquista do título?

Sim. Os objectivos traçados pela ADS foram a conquista do Campeonato Distrital e a presença na Final Nacional… conseguimos. Independentemente de tudo, realizámos uma grande época. A nível distrital fomos 100% vitoriosos e no Nacional, apenas registámos 2 derrotas. Agora que aqui chegámos, vamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para conseguir o titulo de Campeões Nacionais e continuar a dignificar o clube e a cidade.

Sendo certo que preparar atletas para, futuramente, alinhar nos seniores deve ser a principal preocupação dos escalões jovens, acredita que formar a vencer é a melhor maneira de os motivar e os manter empenhados na modalidade?

Sem dúvida. Quem é que gosta de um jogo/modalidade, se perde mais vezes do que ganhe? É preciso criar uma mentalidade vencedora, ainda que suportada por um conjunto de valores que são cruciais na formação integral do ser humano. Julgo que existem poucos clubes a trabalhar essa mentalidade. Podemos fomentar a vitória respeitando todos os valores que falei anteriormente. Nesta época 3 atletas sub-18 (Sílvio Rodrigues; Filipe Duval e João Almeida) jogaram na nossa equipa sénior e com expressividade e mais 2 (João Barbosa e Daniel Mussili) treinaram pontualmente com a equipa.

Como caracteriza a realidade do basquetebol nacional na formação? Existem condições para melhorar os resultados das várias selecções jovens a curto-médio prazo?

Só quem não está atento e atira “bocas” para o ar, não conclui que os nossos resultados têm vindo a melhorar significativamente nos últimos tempos. Tive a oportunidade de colaborar de perto num desses momentos, enquanto treinador adjunto do Prof. Augusto Araújo, no Campeonato da Europa 2005 (Bulgária), onde Portugal subiu à Divisão A – feito que nunca esquecerei.

É suficiente? Estamos no caminho certo? Eu diria que devemos ser uns constantes insatisfeitos. E quanto ao caminho, muitos em vez de ajudar, atiram pedras… e claro, o percurso torna-se mais difícil. O ideal era ter clubes mais fortes, com mais e melhores condições e técnicos; o ideal era ter horários escolares adaptados às necessidades dos atletas; o ideal era que os Centros de Treino fizessem parte de um todo e ainda, devia haver uma aposta séria dos jovens nos escalões seniores. Também há algo muito importante que do meu ponto de vista está a falhar… é a visibilidade que a modalidade tem junto dos meios de comunicação social. Alguém anda a falhar neste aspecto, que é crucial para angariar novos atletas. Podemos ter tudo, mas sem atletas… ou melhor: sem muitos atletas nunca conseguiremos evoluir!


João Almeida considera que para a equipa chegar até este ponto foi fundamental aos triunfos alcançados sobre os principais adversários. “Aí tivemos a certeza de que poderíamos chegar longe!”, diz o jogador.

Chegar a uma fase final de um campeonato nacional é o prémio justo para um ano de trabalho ou é preciso vencer que assim seja?

Claro que chegar à final já é um prémio mais que justo por tudo o que a nossa equipa fez ao longo da época mas, já que lá estamos, desejamos alcançar o máximo possível.

Qual foi, na sua opinião, o momento decisivo da época para até chegar aqui?

As nossas vitórias sobre os nossos principais adversários. Aí tivemos a certeza de que poderíamos chegar longe!

O que gostaria de atingir no basquetebol?

Muito provavelmente como todos os atletas, uma carreira basquetebolística a nível profissional sem nunca pôr de parte a vida académica.

Já pensou como gostaria de festejar caso vença a fase final?

Primeiro quero ter a taça nas mãos, só depois é que pensaria nisso.


Sílvio Rodrigues, por sua vez, lembra que atingir era fase final era “o principal objectivo da equipa”. Agora, o jogador já só pensa em sagrar-se campeão nacional.

Chegar a uma fase final de um campeonato nacional é o prémio justo para um ano de trabalho ou é preciso vencer para que assim seja?

Sim, é um prémio bastante justo. Termos chegado à fase final nacional era o nosso principal objectivo e agora que lá estamos devido a muito trabalho ao longo de toda a época queremos chegar à final e ser campeões nacionais!

Qual foi, na sua opinião, o momento decisivo da época até chegar aqui?

Na minha opinião foi termos ganho na antepenúltima jornada por 5 pontos (valor que era necessário para passarmos ganhando depois os dois últimos jogos) à equipa que acabou esta fase norte do campeonato nacional em 1º lugar, o Vasco da Gama.

O que gostaria de atingir no basquetebol?

O meu objectivo no basquetebol é chegar ao mais longe que conseguir, a uma liga profissional, um dia mais tarde, e também representar a selecção portuguesa.

Já pensou como gostaria de festejar caso vença a fase final?

Gostaria de festejar esta vitória principalmente com a minha equipa e treinadores, mas também com todos que nos apoiaram e acreditaram em nós até aqui!

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